terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Querida Lassie,
Tenho saudades tuas, desde que foste embora os meus olhos já não espelham o mesmo azul, os meus dentes já não brilham... e as minhas tranças já não se mantêm no lugar como as das boas meninas.
Recordo com saudade as tardes que passávamos no campo, quando corrias para apanhar o pau que te atirava e ladravas de satisfação por brincarmos juntas... lamento que tenhas tentando apanhar o último que te atirei... não vi que te dirigias para uma ingreme falésia... ainda gritei para parares, mas foi tarde de mais, nesse momento ambas percebemos que não tinhas asas, e apesar do teu pêlo sedoso, a tua queda seria fatal.
Chorei-te naquela tarde, na noite e no dia seguinte, o meu azul escorreu para a terra e juntou-se ao teu vermelho.
Vejo-te no céu sempre que olho para as nuvens e penso que estarás melhor que eu, no céu dos cães, onde os arbustos são feitos de bolachas de baunilha e a relva de aparas de osso.
Para sempre com amor
Por momentos pensei que fosse um sofisticado aparelho russo para os momentos menos felizes na história da humanidade...pensei que fosse o medidor de alguma catástrofe... apesar das viagens em 3 segundos, afinal revelou-se um fogão de apoio a campismos solitários, em florestas densas e escuras, lar da família dos três ursos.
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