quarta-feira, 31 de março de 2010
entre o meu "jardim", a casa dos azulejos e o final da tarde escrevo-te...
Fico sempre preocupada quando vejo olhares perdidos e o teu hoje estava assim. Sem sitio onde poisar, sem ponto onde parar e sem direcção para onde seguir... Claro que tudo é temporário, mas apesar disso não deixo de desejar melhores dias e com mais sol para o teu coração... mais brisa do mar para o teu espírito... e uma ponta de vento morno para apaziguar a tua intranquilidade...
Com carinho e com os melhores pensamentos.
sábado, 20 de março de 2010
Volto a estar sentada na varanda... fumo uma cigarrilha, tomo um copo de currais e aproveito o fim de tarde. Olho para as flores que cresceram na minha ausência, para a roupa da semana que estendi à pouco e sinto a ocupação do espaço. Se quando vim em Outubro fiz o mesmo e escrevi sobre viagens, hoje escrevo sobre a minha presença aqui, sobre a minha ausência intermitente desde Janeiro e sobre o início da Primavera.
Vejo a Lua em forma de sorriso tímido, oiço as cigarras e os chocalhos e lembro-me da Ilha, do estar só e do estar acompanhada, da sensação do solidão ou de independência.
Penso nas pessoas que já conheci até hoje, aquelas que não em acompanham e que tiveram o seu papel de 5 minutos se considerar todo o tempo da minha vida.
Neste grupo aparecem-me as particularidades de cada uma, algumas mensagens, surpresas e sorrisos ainda que breves. Penso na função de cada uma em cada momento que apareceram, e sinto-me feliz por viver. Acendo uma vela porque já está escuro, quero continuar na varanda a ver a vida, a minha e a vida que organiza as ligações entre todos os que o coração bate e que respiram, entre todos os que mal ou bem sentem que esta é a força que nos constroi, que nos renova e completa.
Quase que me atrevo a dizer que tenho saudades de alguns momentos...mas sinto que de alguma forma não me permite continuar a ver a amplitude da vida e da sua beleza. Apetece-me viajar por todos esses momentos e abraçar os que lá ficaram, consolar a minha ansiedade por não ver mais além e dizer que vai tudo ficar bem como está agora. Sinto-me feliz por ter este pedaço de papel onde escrevo, por a caneta acompanhar o meu pensamento, por os meus olhos verem à luz da vela que acendi, por ter isqueiro para lhe dar chama e por tudo o que me levou a estar aqui, agora, neste momento.
quarta-feira, 3 de março de 2010
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